sábado, 21 de agosto de 2010

imagens

desempenho

1º- Galope reunido


Qualidade muito procurada no cavalo de sela. No galope os posteriores devem ser bem engajados, projetando-se embaixo da massa. Os anteriores devem se projetar para a frente da massa.

2º - Facilidade de troca de bípedes

É uma decorrência do bom equilíbrio do animal. A troca de bípedes é necessária tanto no trabalho quanto no esporte, não podendo o animal desempenhar volteio nenhum sem estar com os membros anteriores e posteriores adequadamente colocados.

3º- Arrancadas rápidas

Depende principalmente do trem posterior, que, como já descrito anteriormente, deve ser grande e musculoso.

4º- Paradas bruscas

Depende mais do anterior; o posterior permanece estático e se arrasta pelo chão, ao passo que o anterior recebe o impacto da frenda. Para tanto é necessário que tenha constituição forte, com paletas bem inclinadas para absorver rapidamente a brusca parada.

morfologia do cavalo mangalarga

1º - Frente leve, com pescoço bem dirigido e descarnado - Proporciona facilidade de movimentos, jogando o centro da massa Cavalo mais Cavaleiro para trás, permitindo maior facilidade de engajamento dos posteriores.


2º -Paleta inclinada e comprida - A boa inclinação e comprimento da paleta trazem muitas vantagens ao cavalo de sela, entre elas maior capacidade torácica; boa passagem de cilha e cernelha mais atrasada, que proporciona uma posição ideal ao cavaleiro.

3º - Tronco forte, com linha dorso-lombar retilínea e paralela à linha do solo; costelas amplas, e bem arqueados; lombo curto e boa cobertura de rim; peito amplo e profundo - a linha dorso-lombar retilínea proporciona uma distribuição uniforme na aderência entre o lombo do animal e o suadouro do arreio; as costelas amplas, e bem arqueadas dão ao cavaleiro segurança ao montar; o lombo curto e boa cobertura de rim tem como vantagens o não ressentimento do animal quando exigido em trabalhos pesados e o peito amplo e profundo propicia boa musculatura e boa saída de braço.

4º - Garupa forte, ampla e comprida - Por ser essa região do cavalo que reune grande parte de sua capacidade motora. Não é sem razão que se diz que no cavalo de sela o motor é atrás. As arrancadas rápidas, qualidade muito procurada no cavalo de sela, dependem principalmente do trem posterior.
A garupa comprida, ampla e forte, com coxas bem musculadas e bem descidas, constitui-se no motor que arranca a massa no momento de partida.

5º - Membros fortes, bem estruturados e bem aprumados, com articulações grandes e tendões nítidos - Qualidades imprescindíveis a qualquer cavalo de sela, tanto no trabalho quanto no esporte. Para bem desempenhar suas funções o cavalo depende em primeiro lugar de seus locomoveres.

mangalarga paulista

Esta raça também é genuinamente brasileira e teve seu início em meados do século XIX. “O cavalo está de tal forma ligado ao homem que quem quiser conhecer a história de um basta conhecer a do outro”. Esta afirmação cabe perfeitamente ao Mangalarga e a família Junqueira, criadora desta raça. Seu nome deve-se ao andamento levemente alçado, de passadas longas e elegantes. Dos cavalos Alter vindos com Dom João VI, alguns garanhões foram parar na mão do Junqueiras no Sul de Minas Gerais e acasalados com as éguas já existentes, deram origem ao Mangalarga. Provavelmente é descendente direto do Mangalarga Mineiro, que quando foi trazido para o Estado de São Paulo, sofreu influência de animais da raça Árabe, PSI e Anglo Árabe. Como o relevo de São Paulo é menos acidentado que a topografia do Estado de Minas Gerais, o Mangalarga Paulista tornou-se mais esguio e de formas mais harmoniosas que o Mangalarga Marchador (Mineiro). A principal diferença entre as raças é o tipo de andadura, onde o Mangalarga Paulista apresenta a marcha trotada, não sendo tão dura quanto o trote e nem cômoda quanto à marcha picada ou batida do Mangalarga Marchador (Mineiro). Sua marcha, trotada, é um andamento em bípede diagonal, de dois tempos, com diferença que o tempo de suspensão para a troca de apoios é o mínimo necessário, diminuindo o atrito na vertical.

Cavalo Mangalarga Marchador

O Mangalarga Marchador é uma raça de cavalos cuja origem remonta à coudelaria Alter Real, que chegou ao Brasil por meio de nobres da Corte portuguesa e, após, cruzada com cavalos de lida, em sua maioria de raças ibéricas (bérberes), que aqui chegaram na época da Colonização do Brasil.
Segundo a tradição, em 1812, Gabriel Francisco Junqueira (o barão de Alfenas) ganhou de D. João VI, um garanhão da raça alter Real e iniciou sua criação de cavalos cruzando este garanhão da raça Alter com éguas comuns da Fazenda Campo Alegre, situada no Sul de Minas onde hoje é o município de Cruzília. Como resultado desse cruzamento, surgiu um novo tipo de cavalo que acreditamos foi denominado Sublime pelo seu andar macio.
Esses cavalos cômodos chamaram muito a atenção, e logo o proprietário da Fazenda Mangalarga trouxe alguns exemplares de Sublimes para seu uso em Paty do Alferes, próximo à Corte no Rio de Janeiro. Rapidamente tiveram suas qualidades notadas na sede do Império - principalmente o porte e o andamento - e foram apelidados de cavalos Mangalarga numa alusão à fazenda de onde vinham.